segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

UM CASO DE CONTRA-INFORMAÇÃO AO SERVIÇO DO PAICV

De: Candido Rodrigues
Um caso de contra-informação ao serviço do PAICV
Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009, 13:54

PEDRO CHANTRE (VISAONEWS) SOFRE DE MIOPIA: COMO SE PROCURA DETURPAR OS FACTOS

Para minorar a repercussão da I Convenção da Família Democrática, procuram diminuir a dimensão do que foi a maior realização política cabo-verdiana já havida nos Estados Unidos: reduzem a 130 pessoas os cerca de 1200 que participaram na Convenção – para seu mal, as entradas e os jantares foram pagos, existindo os registos consultáveis. E, para “validarem” o falso testemunho até publicam fotografias da sala antes da Convenção começar e antes da enorme maioria das pessoas nela entrarem.

Com grande atraso relativamente à realização da I Convenção da Família Democrática, que decorreu no luxuoso salão de Venus de Milo, em Swansea, no Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América, o VisãoNews decidiu-se a dar à estampa, pela pena de Pedro Chantre, uma suposta reportagem daquele acontecimento que marcou a comunidade cabo-verdiana na Diáspora e que mexeu profundamente com o sistema PAICV aqui nos EUA, mas também em Cabo Verde.

E fê-lo, correspondendo certamente aos interesses do PAICV (o afinar da agulha com o controleiro do partido terá justificado o grande atraso da notícia), com deturpações caricatas que fazem rir a Comunidade da Diáspora que acompanhou de perto esta jornada: pode aldrabar-se quem esteve noutro continente, não pode enganar-se quem vive nos Estados Unidos da América e de tudo pôde saber a tempo e horas. O tal Pedro Chantre já havia tentado antes, por várias vezes, diminuir o impacto da convenção através de notícias falsas e tendenciosas, alterando-as depois de lhe termos escrito a reclamar a verdadeira verdade. Não é, pois, a primeira vez que o tal Chantre tenta mostrar serviço aos camaradas. Também, em outras ocasiões, foram alteradas o teor das entrevistas feitas ao coordenador José Cruz de Rhode Island e ao coordenador de Brockton Euclides Gibau.

Foto tirada durante a convenção que o tal Pedro Chantre esconde

Vejamos como os media paicêvistas (no caso VisãoNews) cozinham a sua “informação”. Para minorar a repercussão do facto, procuram diminuir a dimensão do que foi, sem dúvida, a maior realização política cabo-verdiana já havida nos Estados Unidos da América: reduzem a 130 pessoas os cerca de 1200 que participaram na Convenção – para seu mal, as entradas e os jantares foram pagos, existindo os registos consultáveis. E, para “validarem” o seu falso testemunho até publicam fotografias da sala antes da Convenção começar e antes da enorme maioria das pessoas entrarem na sala – comparem-se as fotos!
Foto tirada antes da convenção que o tal Pedro Chantre publica

A mesma incapacidade óptica (VisãoNews sofrerá de miopia) prosseguiu por outras paragens: por exemplo, em New Jersey, reduziu para uma centena um jantar com 160 pessoas. Menos mal neste caso.

Mas não foi só na dimensão dos factos que a reportagem tropeçou: foi também na sobrevalorização de incidentes, com o objectivo de apoucar a Convenção. Assim, ganhou ali relevo uma “manifestação” (que não chegou a ser) a propósito de um problema em Ribeira Grande de Santo Antão, que passou despercebido a quase todo o mundo. Destacou inexistentes atrasos em encontros de Carlos Veiga e sua comitiva, fingindo desconhecer que tais encontros decorrem em contacto estreito com as organizações locais, sendo elas que definem o tempo das chegadas. Só, a titulo de exemplo, no encontro com a comunidade santantonense, em que o pseudo jornalista esteve presente, a comitiva do MpD atrasou-se em relação a hora marcada porque assim foi solicitado pelos organizadores do encontro. Pedisse informação e Pedro Chantre teria sido informado. Aliás, muitas informações lhe foram dadas a seu pedido, mas nada escreveu.

Não lhe terão permitido os patrões? Paciência. E, para cúmulo do disparate, deu por cancelada uma conferência de imprensa que de facto esteve agendada para antes do jantar de gala da Convenção, mas foi adiada para depois do jantar a pedido dos próprios órgãos de Comunicação Social presentes (como Pedro Chantre terá estado certamente em vasculhar caixotes de lixo em busca de algo que servisse à sua contra-informação, possivelmente não tomou conhecimento e desconheceu a conferência de imprensa. Outros órgãos de imprensa terão aproveitado a oportunidade. Na sua tonta cabecinha: aquilo de que não teve conhecimento, não existiu. Mas interessar-lhe-ia de verdade tal conferência de imprensa? O pseudo-jornalista afadigou-se em entrevistas que não foram publicadas, certamente porque não tinham o “sumo” que interessavam à sua verdadeira função).

A trapalhice foi tanta que Pedro Chantre até se atreveu a atribuir a Isaura Gomes elogios ao PAICV!? Imaginem.

O “serviço” da VisãoNews demonstra o que é a “Informação” paicêvista. Em Brockton e nos Estados Unidos da América, junto da Comunidade cabo-verdiana, acabou por ser um péssimo serviço prestado ao seu partido: “Continuem assim que têm um lindo funeral. Querem tomar-nos por tolos? Em 2011 terão a resposta. E desta vez não haverá batotas que lhes valham”, ouvimos alguém dizer estas sábias palavras a respeito desta maldosa reportagem. E pessoas afectas ao PAICV não nos esconderam a vergonha que sentiram quando leram a prosa do tal Pedro Chantre.

Incrivelmente, o tal Chantre nunca meteu no seu web-page um cheirinho sequer daquilo que foi notícia em todos os órgãos de comunicação social quer em Cabo Verde quer no estrangeiro, a respeito da Convenção. O tal Chantre entrevistou vários dirigentes do MpD e nada publicou. Certamente não terá conseguido o que esperava. Terá encontrado um MpD unido, forte e com metas bem delineadas. Eu próprio fui entrevistado pelo tal Pedro Chantre e nada do que lhe disse foi publicado. Não interessava ao tal Chantre e nem a seu “patrão”.

Vê-se o tal Pedro Chantre nesta foto, atento e espantado com tanta gente na Convenção


O PAICV TEM MEDO: O QUE DISSE CARLOS VEIGA

Este caso revela também que o sistema PAICV está assustado e, como o avestruz, mete a cabeça na areia para não ver o que o futuro lhe reserva. Teme o impacto das palavras de Carlos Veiga que disse em Swansea: “no próximo Governo do MpD as embaixadas e consulados de Cabo Verde e o Instituto das Comunidades deixarão de ser, como têm sido, meras agências de um partido e lugares de discriminação dos cabo-verdianos em função da sua cor partidária, para se converterem em representações da Nação, abertas a todos os cabo-verdianos. E deixarão, também, de ser centros de manipulação e de fraude eleitoral.

O próximo Governo do MpD trabalhará afincadamente para que os cabo-verdianos residentes no estrangeiro se integrem o melhor possível na cidadania, na vida associativa, nas organizações sociais, nas actividades culturais, na economia e na política dos países em que vivem. Porque quanto melhor integradas as nossas comunidades emigradas estiverem, melhor para Cabo Verde. Mas trabalhará também para manter e reforçar a ligação das comunidades à vida de Cabo Verde em todos os seus aspectos; e sobretudo para que a segunda geração conheça a nossa cultura, a nossa vida e o nosso país e se sinta orgulhosa deles”.

E noutro passo: “Permitiremos que cabo-verdianos da Diáspora concorram às eleições municipais em Cabo Verde alargando o seu direito de participação política. Apoiaremos, material e moralmente mas sem nunca condicionar a sua autonomia e independência, as excelentes associações cabo-verdianas que existem na Diáspora. Adoptaremos políticas que favoreçam a criação de uma classe empresarial cabo-verdiana na Diáspora. Incentivaremos o investimento dos cabo-verdianos da Diáspora em Cabo Verde. Reconfiguraremos a rede consular, aproximando-a das comunidades, modernizando as estruturas da mesma e apostando na utilização das NTIC, com vista a uma muito melhor qualidade do atendimento e dos serviços prestados. O nosso sistema fiscal – os impostos que todos pagamos – deverá reflectir o tipo de nação que nós somos, com uma importante diáspora que quer contribuir, investir e comercializar em Cabo Verde”.

E mais adiante: “A questão de repatriamentos é uma responsabilidade nossa e também do pais de acolhimento. É do interesse nosso e também das autoridades americanas, a nível local e estadual, encontrar soluções de boa integração, que evitem ou reduzam a ocorrência de casos que possam conduzir ao repatriamento. Seremos um governo interessado na procura de soluções através do diálogo político e de politicas que propiciem uma boa integração dos nossos emigrantes em países estrangeiros. Não seremos indiferentes aos cabo-verdianos que forem repatriados, pois é responsabilidade do governo assegurar as condições para uma boa integração daqueles que infelizmente tiverem que ser repatriados”.

E ainda: “O País está em declínio económico persistente; a economia está a crescer apenas cerca de metade do que deveria, uma terça parte da meta que havia sido estabelecida pelo Governo. O desemprego vem aumentando, situando-se a um nível que é quase duas vezes e meia superior à meta que o Governo estabeleceu. O desemprego é ainda maior entre as mulheres e sobretudo entre os jovens: quase um em cada dois jovens está desempregado. E a grande verdade é que quem falha no desemprego falha na governação! E no nosso caso, não é uma falha de hoje e não deve ser desculpada pela crise, como o Governo tem feito crer. É uma falha que vem desde 2001. Pegaram numa taxa de desemprego de 17% em 2000 e colocaram-na em cerca de 22% em 2008. Comparem com o que diz Obama: ‘A América não sai da crise enquanto não reduzir o desemprego’. O Governo de Cabo Verde, diz que o país não está em crise, está em transformação, com uma taxa de desemprego que atinge implacavelmente 42% dos jovens do nosso País!”


Veiga deixou também o alerta para procurar neutralizar eventuais tentativas de fraude eleitoral, como já houve no passado: “É necessário estar atento para que o recenseamento se faça com rigor e sem atropelos, para que todos os cabo-verdianos emigrados sejam recenseados e desse modo fiquem habilitados para o exercício dos seus direitos de cidadãos cabo-verdianos. Assegurando um recenseamento rigoroso e transparente, sem trapaças, estaremos a dar um primeiro e importante passo para garantirmos que as eleições, também na Diáspora, sejam transparentes e honestas e finalmente se realizem sem possibilidades de falcatrua. Mas tudo dependerá, em grande medida, da vontade de recensear e de votar por parte da comunidade. Por isso fazemos aqui um veemente apelo a todos os que tenham a nacionalidade cabo-verdiana e mais de dezoito anos que se recenseiem”.

Tudo isto, o PAICV (e o tal Pedro Chantre por ele) tentou, atabalhoadamente e sem sucesso, silenciar.

Finalmente, aproveitamos esta oportunidade para, na qualidade de coordenador da Primeira Convenção da Família Democrática na Diáspora, agradecer a todos os que, empenhadamente, estiveram presentes nesta mega convenção, sobretudo aos que se deslocaram das diferentes regiões do mundo para participarem nesta grande festa da família democrática. Muitos foram os jornalistas que souberam levar ao mundo a verdadeira convenção, a que foi vivida no dia 28 de Novembro, destacando-se a forcv.com que transmitiu, em directo, todo o acto, desmentindo a maldosa reportagem do tal Pedro Chantre. Os nossos agradecimentos. A participação de todos os democratas presentes anima-nos e encoraja-nos a enfrentar novos desafios. E nesse sentido já estamos a organizar a celebração do 13 de Janeiro, o marco do fim da ditadura imposta aos cabo-verdianos durante 15 anos pelo PAIGC/CV. Desde já fica convidado o tal Pedro Alexandre.

Cordialmente,
Cândio Rodrigues

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