domingo, 21 de dezembro de 2008

Até que ponto a VERDADE faz sentido em Cabo Verde?!

Até que ponto a VERDADE faz sentido em Cabo Verde?!
Até que ponto Um autêntico culto do descaramento ensombra o panorama Nacional?!
Até que ponto É credível, executável e não Insólito O Discurso que anuncia:
"Cada professor e cada aluno a partir dos seis anos vai ter acesso a um computador", sem contudo explicitar como.

A realidade é que na mais antiga Escola de Cabo Verde, criada para a ministração do ensino técnico, ainda não existe um laboratório, mini que seja, de suporte aos cursos da Área Serviços e Comércio, e sai-se com este bombástico anúncio. Aliás, essa Escola, apesar de guardar, ainda, o nome (Escola Industrial e Comercial do Mindelo), é, actualmente, mais Liceu do que Escola Técnica, uma vez que nela se ministra o 7º, 8º, 9º e o 10º anos do Ensino Secundário Geral e apenas o 11º e o12º anos no tocante ao Ensino Técnico e alguma formação complementar profissionalizante. Alguma coisa vai mal, vincadamente mal. Pois:

. Onde pára a tão propalada especialização das instituições?!
. Onde pára a tão propalada aposta no ensino profissional?!
. Estar-se-á a aplicar a São Vicente a famigerada doutrina de decadência da Ilha, inventada do nada, na 1ª República, pelo então “todo poderoso” e ditatorial partido no poder?!
. Onde pára a Gestão Competente, capaz de, pelo menos, alertar o Executivo (Governo), sobre os impactos negativos da sua política concernente a essa área específica de ensino.

É DE SE DIZER: - FALAR, EM SENTIDO GENÉRICO, É RELATIVAMENTE FÁCIL, PELO CONTRÁRIO, FALAR BEM, COM PROPRIEDADE E SOBRIEDADE NÃO SE AFIGURA TÃO SIMPLES.

Ter acesso é uma expressão por demais vaga e os cidadãos agradeceriam que os poupassem com anúncios do tipo: - para boi dormir.
Pois que acesso pode-se ter: -

. Uma, duas, mais ou menos vezes por ano, com duração, igualmente, maior ou menor.
. Se as salas de aulas forem equipadas com computadores para professor e alunos.
. Se as escolas forem dotadas de mediatecas e salas de estudo devidamente equipas com computadores, e adequadamente geridas.
. Se os laboratórios de suporte aos cursos/formações específicas forem, efectivamente, criados e dotados dos equipamentos necessários.
. Se o custo de acesso à Internet deixar de ser proibitivo para boa parte das famílias cabo-verdianas, mormente, se se considerar que os professores e, principalmente, os alunos necessitarão de uma boa dose de horas de navegação.
. Se se isentar de impostos os computadores a adquirir pelos alunos e professores, por forma a baixar o seu preço, por um lado e, por outro se se resolver o problema da baixa renda de milhares de famílias cabo-verdianas, isso abstraindo-se do elevado desemprego que não dá sinais de melhoria.
. Se o preço da energia deixar de ser um óbice á utilização de tudo quanto seja tecnologia.
. E, para isso, se a ELECTRA e o Governo deixarem de ser perdulários com aqueles que ao longo dos tempos têm vindo, de forma gravosa, furtando um bem de todos, com danos incomportáveis para o cidadão pagante, que respeita as regras de acesso.

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