segunda-feira, 11 de maio de 2009

Gripe suína - FORMAS DE CONTÁGIO e + ...

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Gripe suína: entenda
a doença e a epidemia

A gripe suína ameaça se alastrar pelo mundo, num devastador efeito dominó, e já deixa em alerta autoridades sanitárias de vários países, além da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU), que vislumbram o risco de uma nova pandemia internacional. O mal teve início no México, onde em 27 de abril era suspeito de provocar pelo menos 149 mortes, e, em poucos dias, já atingia os Estados Unidos, o Canadá, a Espanha e a Grã-Bretanha. Entenda o que é a febre de origem suína e como surgiu.



1. O que é a gripe suína?

A gripe suína é uma doença respiratória dos porcos, que pode ser transmitida para criadores e tem capacidade de se propagar rapidamente. A epidemia teve início no México e, em poucos dias, já atingia os Estados Unidos, o Canadá, a Espanha e a Grã-Bretanha.


2. Quais os sintomas?

Os sintomas da gripe suína são similares aos da gripe comum, porém mais agudos. Segundo o Ministério da Saúde, é comum o paciente apresentar febre acima de 39 graus, acompanhada de problemas como tosse e dores de cabeça, nos músculos e nas articulações.



3. Qual é o agente causador da doença?

O vírus da gripe suína clássico é o Influenza H1N1, tipo A, que foi isolado pela primeira vez em 1930. Mas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem outros subtipos de vírus. Isso porque, assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suínos, humanos e aviários. O organismo do porco funciona como um tubo de ensaio, combinando vírus e favorecendo o aparecimento de novos tipos. Esses vírus híbridos podem provocar o surgimento de um novo tipo de gripe, tão agressivo como o da gripe aviária e tão transmissível quanto o da gripe humana. Ainda desconhecido do sistema imunológico humano, esse vírus poderia desencadear uma pandemia de gripe.



4. Quais são as formas de contágio?

A gripe de origem suína não é contraída pela ingestão de carne de porco, mas por via aérea, de pessoa para pessoa. Isso porque, de acordo com os Centros de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a temperatura de cozimento (71º Celsius) destrói os vírus e as bactérias presentes na carne de gado suíno.


5. A gripe suína tem cura?

Drogas antivirais podem ser usadas no tratamento e na prevenção do mal. Sua atuação consiste em impedir que o vírus da gripe suína se reproduza dentro do corpo humano. A eficácia do tratamento é maior quando ele é iniciado até dois dias após os primeiros sintomas. De olho nisso, autoridades americanas já anunciaram que irão distribuir 11 milhões de antivirais contra a gripe suína.



6. Existe vacina contra o mal?

Só para porcos. Não para o ser humano. Segundo as autoridades mexicanas, que citam a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para um tipo anterior do vírus e não é eficaz. Mas a produção de uma vacina eficaz já está em pauta. O porta-voz da OMS, Gregory Hartl, anunciou que autoridades de saúde dos Estados Unidos tomaram os primeiros passos para iniciar a produção de uma boa vacina contra o vírus. Além disso, de acordo com a OMS, o Tamiflu, o medicamento que contém oseltamivir, utilizado contra a gripe aviária, é eficaz também contra a suína. A vacina contra a gripe humana não protege contra o mal causado pelos porcos.



7. Há medidas preventivas que possam ser tomadas no dia-a-dia?

Aos que o procuram cinco recomendações dadas pelos Centros de Controle de Enfermidades (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. São elas:

1) evitar contato direto com pessoas gripadas;

2) ficar em casa se estiver doente, para não contaminar outras pessoas;

3) cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar;

4) lavar as mãos frequentemente, principalmente ao tocar os olhos, nariz ou

boca;

5) usar máscara cirúrgica em locais de grande concentração de pessoas, como

aeroportos, ruas movimentadas e shopping centers.

As autoridades sanitárias americanas também orientam, como forma de aumentar a resistência do organismo, que as pessoas

-se vacinem contra a gripe comum,

-tenham no mínimo 8 horas de sono por dia,

- bebam líquidosabundância e consumam alimentos nutritivos.



8. Quais são os países afetados até o momento?

Até 27 de abril, havia casos confirmados no México, Estados Unidos,. Canadá, Grã-Bretanha e Espanha. Ponto de partida da doença, o México era o país mais afetado: o ministro da Saúde do país acreditava que a gripe suína fora responsável por 149 mortes de pessoas entre 20 e 50 anos. Para travar a disseminação do mal, o governo mexicano decidiu fechar as escolas de todo o país até 6 de maio. Peru, Chile, El Salvador, Honduras, Colômbia, Nicarágua, Hong Kong, Japão, Argentina, Brasil e Costa Rica ativaram planos de vigilância sanitária - com exame de passageiros que desembarcam nos aeroportos, por exemplo. Aeroportos de Hong Kong, Malásia, Coreia do Sul, Japão e Brasil criaram postos de controle para evitar a entrada da gripe suína. Depois da aterrissagem, os viajantes passavam por uma verificação de sintomas. Na Argentina, o foco eram os viajantes vindos do México. No Canadá, a ministra da Saúde, Leona Aglukkaq, pediu à população para manter-se alerta.



9. O que a OMS diz a respeito?

A OMS entrou em estado de alerta, "porque há casos humanos associados a um vírus de gripe animal, mas também pela extensão geográfica dos diferentes focos, assim como pela idade não habitual dos grupos afetados", segundo comunicado oficial. No dia 27 de abril, a organização elevou o nível de alerta de pandemia de 3 para 4 - o que ainda não caracteriza a existência de pandemia, mas se aproxima mais, dentro de uma escala que vai de 1 (baixo risco de casos humanos) a 6 (transmissão sustentável e eficiente entre humanos).



10. A internet oferece fontes seguras de informação sobre o assunto?

Sim. No Brasil, o Ministério da Saúde está disponibilizando informações em seu site. Em âmbito global, são também fontes confiáveis os sites da OMS (em inglês, com opções de espanhol e francês), da Organização Panamericana de Saúde (Opas, em inglês e espanhol) e dos Centros de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês, idioma do site).


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