sexta-feira, 20 de março de 2009

CABO VERDE ESTÁ MAIS POBRE?!


CABO VERDE
RIQUEZA VERSUS POBREZA

Ao longo dos tempos Cabo Verde tem sido visto como um território pobre, muito pobre, quase que pauperrímo.

Os cabo-verdianos, na sua grande maioria, e até bem pouco tempo consideravam ser Cabo Verde um país inviável, sem solução, a curto, médio e longo prazo. E essa convicção, a raiar um nível de inexcedivel certeza foi, de igual modo, compartilhada por uns e outros, iletrados e letrados à mistura, técnicos superiores e os assim designados, como os que, com a maior justiça, se poderiam chamar de técnicos de desenvolvimento médio, a expressão está na moda, outros técnicos, os quase técnicos, os aspirantes a técnicos e por aí abaixo e acima.

A saída, a única vislumbrada, conduzia a uma só situação: - o individamento externo, crescente, do País, à semelhança da realidade dos demais países chamados, ora do Terceiro Mundo, ora Países Atrasados, ora Países Sub-desenvolvidos, ou, mais meigamente, Países em Vias de Desenvolvimento, ou, ainda, países em Desenvolvimento, reconhecido a alguns.

Aos bons princípios e práticas suceder-se-íam, inelutavelmente, a corrupção e a degeneração moral e social e os crimes de toda a sorte.

O superestrutura tomada de assalto, nos primórdios dos tempos, garantiria, por certo, esse desfecho dos acontecimentos, sem margem para alguma dúvida que fosse.

Era uma questão de tempo, tão somente.

O que se vê hoje?!

A ausência completa de respeito pela pessoa humana, pelas competências adquiridas com muito trabalho e dedicação, a ausência de valores como a honestidade, a equidade, a justiça, a sã cooperação e a solidadriedade e, ou invés, se instala, com redobrado afinco, tenecidade e ferocidade, a ambição desmedida, o egoímo, a inveja, o cinismo, o compadrio, o amiguismo, o sectarismo, o nepotismo e o partidarismo. Numa palavra o banditismo. Que triste cenário.

Neste contexto, a educação, o ensino e as escolas são presas fáceis e instrumentais.

Se o ser humano é o recurso mais valioso para qualquer colectivo de pessoas, há que convir que esse mesmo ser humano tanto pode desenvolver-se em termos explosívos, e aqui matamorfoseia-se em dinamite ou urânio enriquecido tipo balístico, como poderá desabrochar-se como uma pétala de amor para o bem comum.

Qual a relidade actual?!

Roubos e mais roubos, assaltos e mais assaltos, agressões e mais agressões, ameaças e mais ameaças, assassinatos e mais assassinatos. Muitas injustiças, pouca ou nenhuma justiça. Lindo cenário!

Copia-se tudo de mau, o dinheiro, qualquer que seja a proveniência, é santificado - e aqui recordo a sua Santidade o Excelentíssimo Senhor CIFRÃO. Há ..., que "bons" tempos!

Estará Cabo Verde mais pobre?

Em termos humanos,
em termos de valores,
morais e outros,
não restam dúvidas nenhumas.

E lá se vai a OPORTUNIDADE ÚNICA do turismo?!

E lá se vai A TRANQUILIDADE, outrora tida como uma das VANTAGENS COMPARATIVAS?!

Estar-se- á a tempo de se REVERTER esse ESTADO DE COISAS?!

TALVÉS.

Neste capítulo muito há para se dizer,
e muito mais, ainda, para ser trabalhado.

Desenham-se, para Cabo Verde, os lamentáveis cenários, que já nos acostumamos a ver, infelizmente, nos vários canais de televisão que nos entram pela casa dentro, quotidiana e pachorentamente.

By Nuno Paris

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Mindelo, São Vicente, Cape Verde
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